quinta-feira, 30 de outubro de 2008


Estudantes se preparam para o mercado de trabalho



A faculdade Estácio de Sá encerrou ontem em seu auditório o ciclo de palestras chamado de “Semana da Comunicação”, tendo como tema central as novas perspectivas da prática profissional. As palestras realizadas no auditório da própria faculdade aconteceram entre os dias 27 e 30 , e contaram com a presença de vários estudantes,professores e profissionais da área da comunicação.


Para o estudante de Jornalismo do 8° período Antonio Carlos Cassimiro estes eventos aproximam o estudante da realidade do mercado. “Eu me interessei muito pela palestra sobre a assessoria de comunicação na esfera publica, eu já gostava do tema e agora passo a entende-lo melhor”, afirma o estudante. Para a estudante do 7° período de Jornalismo Mariana Uchoa, ter esta visão do mercado da comunicação chega a ser frustrante. “Cada vez o mercado esta mais exigente,pois tem muitos profissionais a disposição, por isto temos que ser os melhores e buscar novos conhecimentos se quisermos seguir a profissão com sucesso, saio daqui um pouco preocupada com as coisas que sei que tenho que aprender”, conclui Mariana.


Uma das palestras mais assistidas foi a que tratou sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, com o professor de direito e desembargador do TER-MG, Antonio Álvares da Silva(foto) que defendeu o uso obrigatório do diploma. Segundo o professor o diploma presume conhecimento e pela importância da profissão de jornalista o diploma deveria ser cobrado. “ O diploma não resolve por si só o conhecimento, mas o diploma é a objetividade de um trabalho metódico que exige entendimento técnico”. Um estudante que não quis se identificar afirma que concorda que o diploma é eletista e limita a liberdade de expressão, e que muitos estudantes que tem condição de estudar defendem o diploma pensando neles próprios. O Professor de Jornalismo da faculdade,Evaldo Magalhães,defende o uso do diploma mas disse que um bom profissional se faz na pratica correta. “Não é um papel que garante um bom profissional, a pessoa vai aprender culturalmente a profissão, o que é certo e o que é errado”,conclui.


A semana da comunicação contou ainda com 10 palestras e aproximadamente 30 palestrantes que discutiram outros temas como Convergência da mídia,Processo criativo nas novas tecnologias, alunos da Estácio de Sá no mercado etc.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Crise mundial


A CRISE ECONOMICA MUNDIAL (Explicada de forma simples e didática)


Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares, financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou a valer 1,1 milhão de dólares.Aí, um banco perguntou para o Paul se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares. Com os 800.000 dólares, Paul, vendo que imóveis não paravam de valorizar, comprou três casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares.A diferença, 400.000 dólares, que Paul recebeu do banco, ele se comprometeu: comprou carro novo (alemão) para ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou TV de plasma de 63 polegadas , notebooks, cuecas.
Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez. O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil!Parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagava começaram a subir (as taxas eram pós-fixadas) e Paul percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa para vender como nunca.
Paul foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das três casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, das cuecas, dos notebooks, da TV de plasma e do cartão de crédito. Aí as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela.Só que neste momento Paul achava que já teria revendido as três casas mas ou não havia compradores, ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paul se danou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das três casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Paul.Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as três casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Paul quebrou. Ele e sua família pararam de consumir…
Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseados nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Pauls em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Pauls, esses títulos começaram a valer pó. Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos. Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel… Preço que despencou.Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não havia compradores.Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Pauls atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou.Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber.
Os Pauls pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo, porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão. O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas.
Até que o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu quebrado, insolvente.O FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por dois dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares.Dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que nos espera na próxima segunda-feira. O que começou com o Paul hoje afeta o mundo inteiro.A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo dirá.

Fonte:Blogdovicente, autor desconhecido.
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